quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Entrevista com o Vice-Presidente do CRBM (Conselho Regional de Biomedicina)

·         Conte para nosso leitores do Missão Biomédica um pouco da sua História
WILSON DE ALMEIDA SIQUEIRA
BIOMÉDICO
CRBM  0023
Sou Biomédico há muito como pode se ver pelo número do meu CRBM, sou formado pela primeira turma da OSEC, hoje UNISA.
Após me formar , isto em 1978, me dediquei ao magistério que comecei a exercer em 1981.
Lecionei então para os cursos de Biomedicina, Medicina, Odontologia , Psicologia e Pedagogia. Pude faze-lo em diversas Instituições de ensino, até que no ano de 2.000 fui convidado a montar um curso de Biomedicina nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), o qual coordenei por mais de 10 anos.
Paralelamente a estas atividades sempre tive o meu Laboratório de Análises Clínicas.
No Conselho Regional de Biomedicina, estou desde a sua formação, onde tenho o cargo de Diretor  Vice Presidente e ainda sou o Presidente da Comissão de Ensino e Docência, presidente da Comissão de Ética, presidente da Comissão de Licitação, Coordenador das Delegacias e membro da Comissão de Imprensa.
Tenho uma coluna permanente na Revista do Biomédico, sobre ética que é  publicada desde o primeiro número da revista.
Sou também acadêmico da Academia Paulistana Maçônica de Letras, ocupando a cadeira número 22.
Optei pelo curso de Biomedicina porque quando ele surgiu eu já trabalhava há muito como técnico de laboratório, na Escola Paulista de Medicina , hoje UNIFESP e na USP além de outros laboratórios particulares.
Além disto montei o meu próprio laboratório e tinha que pagar um médico para ser o responsável técnico. Fui então estudar Biomedicina para poder eu mesmo ser o responsável pelo meu laboratório.
Um detalhe interessante é que na época em que fiz o curso de Biomedicina, o curso era um trampolim para a Medicina, pois quem o concluísse podia ingressar já no terceiro ano de Medicina, haja vista a minha turma da faculdade , éramos em 100 e 70 são médicos hoje em dia.
Eu influenciado por colegas também entrei no curso de Medicina mas o bom senso falou mais alto  continuei sendo Biomédico mesmo pois é o que eu queria ser na verdade.
Hoje felizmente não há mais este trampolim da Biomedicina para a Medicina e quem entra na Faculdade sabe o que quer, que é ser Biomédico mesmo.

·         Quais os desafios de ser Vice-Presidente do CRBM (Conselho Regional de Biomedicina)?
Ser Vice-Presidente  do Conselho é um grande desafio e só gostando muito da profissão  para arcar com esta enorme responsabilidade, ainda porque é um cargo que não tem salário ,é realmente por diletantismo que exerço pois não ganho nada ,à não ser o prazer de ajudar esta profissão que também muito me ajudou na vida.
Viajo muito pelo Conselho pois o mesmo tem uma jurisdição em vários estados, participando de vários eventos , ministrando palestras e principalmente participando das colações de grau, o Conselho faz questão de estar presente em todas para dar boas vindas aos novos profissionais , é um trabalho árduo porém muito gratificante.

·         O que o senhor acha da Saúde Pública Brasileira?
A Saúde Pública no Brasil  infelizmente não é o que nos queríamos que fosse nem o que os brasileiros merecem, há em vários setores enormes deficiências ,principalmente no que tange ao atendimento à população
onde se vê até um certo descaso  para com os brasileiros, que repito mereciam um atendimento mais humano e digno.
Em minhas palestras "convoco" os profissionais biomédicos  a darem muito de sí, no sentido de colaborar com a saúde Pública no Brasil, uma vez que temos muitos colegas que militam  na política e como secretários de saúde e outros  órgãos públicos em vários estados.

·         Fale para nossos leitores sobre Biomedicina e Mercado de Trabalho.
O mercado de trabalho  para o profissional biomédico , julgo muito promissor pois basta ver que na área da saúde é a Biomedicina  a profissão que oferece um leque enorme de opções, uma vez que temos à escolher 36 habilitações, e os Conselhos de Biomedicina não limitam o número de habilitações que o profissional pode ter , assim ele poderá optar por quantas habilitações conseguir realizar.
É  claro  que tudo depende do esforço de cada um , pois é preciso batalhar, se aprimorar , estudando sempre nos cursos de atualização para estar sempre apto a competir no mercado de trabalho.
Confesso que dificilmente vejo biomédicos desempregados tanto no campo da pesquisa , quanto na indústria ,pois acompanho muitos biomédicos empreendedores  que se dedicam à indústria  na fabricação de Kits, Soros ,Vacinas, etc. , sem contar a gama enorme de profissionais que se notabilizam no magistério.
Tenho enorme prazer quando vejo  ex  alunos bem situados na profissão  e mais ainda quando acompanho muitos que trabalham no exterior, como os temos  no Japão , na França, na Rússia e muitos em Portugal  sem contar também os vários empregados em países da América do Sul.
Acredito pois que a Biomedicina é uma carreira , além de bonita muito promissora para os jovens brasileiros.


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