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Conte
para nosso leitores do Missão Biomédica um pouco da sua História
WILSON DE ALMEIDA SIQUEIRA
BIOMÉDICO
CRBM 0023
Sou Biomédico há muito como pode se ver pelo número do
meu CRBM, sou formado pela primeira turma da OSEC, hoje UNISA.
Após me formar , isto em 1978, me dediquei ao
magistério que comecei a exercer em 1981.
Lecionei então para os cursos de Biomedicina,
Medicina, Odontologia , Psicologia e Pedagogia. Pude faze-lo em diversas
Instituições de ensino, até que no ano de 2.000 fui convidado a montar um curso
de Biomedicina nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), o qual coordenei por
mais de 10 anos.
Paralelamente a estas atividades sempre tive o meu
Laboratório de Análises Clínicas.
No Conselho Regional de Biomedicina, estou desde a sua
formação, onde tenho o cargo de Diretor
Vice Presidente e ainda sou o Presidente da Comissão de Ensino e
Docência, presidente da Comissão de Ética, presidente da Comissão de Licitação,
Coordenador das Delegacias e membro da Comissão de Imprensa.
Tenho uma coluna permanente na Revista do Biomédico,
sobre ética que é publicada desde o
primeiro número da revista.
Sou também acadêmico da Academia Paulistana Maçônica
de Letras, ocupando a cadeira número 22.
Optei pelo curso de Biomedicina porque quando ele
surgiu eu já trabalhava há muito como técnico de laboratório, na Escola
Paulista de Medicina , hoje UNIFESP e na USP além de outros laboratórios particulares.
Além disto montei o meu próprio laboratório e tinha
que pagar um médico para ser o responsável técnico. Fui então estudar
Biomedicina para poder eu mesmo ser o responsável pelo meu laboratório.
Um detalhe interessante é que na época em que fiz o
curso de Biomedicina, o curso era um trampolim para a Medicina, pois quem o
concluísse podia ingressar já no terceiro ano de Medicina, haja vista a minha
turma da faculdade , éramos em 100 e 70 são médicos hoje em dia.
Eu influenciado por colegas também entrei no curso de
Medicina mas o bom senso falou mais alto
continuei sendo Biomédico mesmo pois é o que eu queria ser na verdade.
Hoje felizmente não há mais este trampolim da
Biomedicina para a Medicina e quem entra na Faculdade sabe o que quer, que é
ser Biomédico mesmo.
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Quais os desafios de ser Vice-Presidente do CRBM
(Conselho Regional de Biomedicina)?
Ser Vice-Presidente
do Conselho é um grande desafio e só gostando muito da profissão para arcar com esta enorme responsabilidade,
ainda porque é um cargo que não tem salário ,é realmente por diletantismo que
exerço pois não ganho nada ,à não ser o prazer de ajudar esta profissão que
também muito me ajudou na vida.
Viajo muito pelo Conselho pois o mesmo tem uma jurisdição
em vários estados, participando de vários eventos , ministrando palestras e
principalmente participando das colações de grau, o Conselho faz questão de
estar presente em todas para dar boas vindas aos novos profissionais , é um
trabalho árduo porém muito gratificante.
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O que o senhor acha da Saúde Pública Brasileira?
A Saúde Pública no Brasil infelizmente não é o que nos queríamos que
fosse nem o que os brasileiros merecem, há em vários setores enormes
deficiências ,principalmente no que tange ao atendimento à população
onde se vê até um certo descaso para com os brasileiros, que repito mereciam
um atendimento mais humano e digno.
Em minhas palestras "convoco" os
profissionais biomédicos a darem muito
de sí, no sentido de colaborar com a saúde Pública no Brasil, uma vez que temos
muitos colegas que militam na política e
como secretários de saúde e outros órgãos
públicos em vários estados.
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Fale para nossos leitores sobre Biomedicina e Mercado
de Trabalho.
O mercado de trabalho
para o profissional biomédico , julgo muito promissor pois basta ver que
na área da saúde é a Biomedicina a profissão
que oferece um leque enorme de opções, uma vez que temos à escolher 36
habilitações, e os Conselhos de Biomedicina não limitam o número de
habilitações que o profissional pode ter , assim ele poderá optar por quantas
habilitações conseguir realizar.
É claro que tudo depende do esforço de cada um , pois
é preciso batalhar, se aprimorar , estudando sempre nos cursos de atualização
para estar sempre apto a competir no mercado de trabalho.
Confesso que dificilmente vejo biomédicos
desempregados tanto no campo da pesquisa , quanto na indústria ,pois acompanho
muitos biomédicos empreendedores que se
dedicam à indústria na fabricação de
Kits, Soros ,Vacinas, etc. , sem contar a gama enorme de profissionais que se
notabilizam no magistério.
Tenho enorme prazer quando vejo ex alunos
bem situados na profissão e mais ainda
quando acompanho muitos que trabalham no exterior, como os temos no Japão , na França, na Rússia e muitos em
Portugal sem contar também os vários
empregados em países da América do Sul.
Acredito pois que a Biomedicina é uma carreira , além
de bonita muito promissora para os jovens brasileiros.
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